Estou finalizando a leitura de "O declínio de um homem" de Osamu Dazai e está sendo uma leitura difícil mas ao mesmo tempo fácil. Fácil de relacionar as coisas que ele fala, nessa obra quase autobiográfica, sente, espera.
É difícil falar isso e não parecer que precisa de interação imediata quando a temática principal do livro é basicamente você não se sentir mais um ser humano. Você se distanciar tanto das demais pessoas (fisicamente e principalmente emocionalmente) que você deixa de se sentir pertencente àquele mundo e a observar os comportamentos de todos sob a ótica de um intruso e mero observador.
O maior problema do Yozo é que ele não pode ficar somente como espectador da vida. Ele precisa viver. Precisa levantar, interagir com pessoas, trabalhar, estudar, saber o que quer fazer da vida. Ele inclusive simplesmente prefere que as pessoas cheguem e digam literalmente o que ele deve fazer, pois é mais simples para ele lidar com a mágoa de seguir cegamente a recomendação de terceiros do que ter que colocar sua própria existência sob a ótica de um "futuro" em que ele não enxerga nada a não ser sofrimento, dor e mais distanciamento.
Ainda estou finalizando o livro, e acho que volto com uma análise mais detalhada sobre, mas no momento venho me sentido muito vista pelo Osamu e pelo Yozo. Meio complicado isso mas infelizmente não posso fugir dessa verdade.
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